Olá pessoal, boa tarde.
Desculpem o trabalho assim, de última hora. Concordo com todas (ou quase todas) as críticas publicadas na postagem sobre o "trabalho final". Quando abri aqui o blog, domingo à tarde, já havia revisto a nossa pontuação:
DISTRIBUIÇÃO DE PONTOS - 3ª ETAPA - FUNEC INDUSTRIAL
8,0 - o óleo de lorenzo
12,0 - parque das águas
8,0 - prática de fósseis - dia 6/12/2011 (a última data que sobrou, antes da recuperação)
12,0 - prova sobre evolução
o
"trabalho final" torna-se, pois, UM TRABALHO DE REPOSIÇÃO. Quem perdeu
alguma atividade poderá fazer este trabalho e substituí-la, ok? DATA DE ENTREGA: 06/12/2011 - ESTUDO DIRIGIDO DE EVOLUÇÃO.
Acho que assim ficará bom para todos. Abraços!
Daniela
domingo, 27 de novembro de 2011
terça-feira, 22 de novembro de 2011
ESTUDO DIRIGIDO - EVOLUÇÃO
Após ler os textos “Você é um animal, Viskovitz”
(texto 1), “Novo mamífero fóssil da Argentina” (texto 2) e “A psicologia
evolucionista e a natureza humana” (texto 3) responda às questões que se
seguem:
1. Qual foi a “invenção” do micróbio Viskovitz?
2. Qual foi a “invenção” do animal Viskovitz?
3. O que a frase
seguinte quer dizer: “Evoluir é uma palavra que não me agrada. O divertido é
‘mudar’, Viskovitz.”?
4. Cite dois conceitos
biológicos trabalhados pelo texto 1.
5. O texto 1 dá um
exemplo de uma teoria evolutiva. Qual é o exemplo e qual é a teoria evolutiva?
6. Consulte o seu livro
de biologia e descubra em qual era e período viveu o Cronopio dentiacutus.
7. Diferencie os três
grupos de mamíferos atuais e dê exemplos de cada grupo.
8. De acordo com o texto 2, o Cronopio tem características diferentes de todos os fósseis de
mamíferos encontrados no Mesozóico: o focinho é muito comprido e fino e os
dentes caniniformes são muito longos. Contudo, “como a grande maioria dos
mamíferos da era Mesozoica, a cabeça é bem pequena: em torno de 20 milímetros –
tamanho de uma avelã!” Pesquise em livros e sites na internet e
descubra porque a maioria dos mamíferos do Mesozóico era tão pequena.
9.
No texto 3 aparece a seguinte frase: “somos criaturas pré-históricas vivendo em
um mundo moderno”. O que a autora quis dizer com isso?
10.
Quais os exemplos que a autora usa para ilustrar o “descompasso” indicado
acima?
11.
Defina neofobia alimentar e neofilia alimentar.
12.
Cite e explique dois fatores que influenciam nossos padrões alimentares.
13.
Qual a explicação da psicologia evolutiva para o sobrepeso e a obesidade?
14.
Explique como surge a disputa entre grupos, do ponto de vista da psicologia
evolutiva.
15.
Existe de fato uma oposição entre o ser biológico e o ser cultural? Justifique
sua resposta.
16.
Relacione algumas diferenças entre os três textos: linguagem, tema abordado,
forma de se abordar o tema, entre outras.
17.
Quais os aspectos que mais chamaram a atenção em cada texto? Qual deles você
recomendaria para ser lido por uma pessoa que não tem muitos conhecimentos
sobre evolução? Porque?
Assunto:
estudo dirigido,
evolução,
orientações
TRABALHO FINAL - EVOLUÇÃO
Três textos e uma folha de perguntas sobre os
textos (estudo dirigido).
1º Texto: Você é um animal, Viskovitz
http://danielaversieux.blogspot.com/2011/10/voce-e-um-animal-viskovitz.html
1º Texto: Você é um animal, Viskovitz
http://danielaversieux.blogspot.com/2011/10/voce-e-um-animal-viskovitz.html
2º texto: Novo mamífero fóssil da Argentina
http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/cacadores-de-fosseis/novo-mamifero-fossil-da-argentina
http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/cacadores-de-fosseis/novo-mamifero-fossil-da-argentina
3º texto: Porque somos como somos?
http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=45&id=532
http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=45&id=532
Estudo dirigido:
http://danielaversieux.blogspot.com/2011/11/estudo-dirigido-evolucao.html
http://danielaversieux.blogspot.com/2011/11/estudo-dirigido-evolucao.html
Data de entrega: terça-feira (29/11/2011) - industrial e inconfidentes manhã
quinta-feira: 01/12/2011 - inconfidentes noite
Bom trabalho a todos!
Tenham todos um ótimo fim de ano, feliz natal, e garra e coragem para seguir a vida. Abraços!!
http://danielaversieux.blogspot.com/2011/11/estudo-dirigido-evolucao.html
Assunto:
estudo dirigido,
evolução,
mamífero fóssil,
psicologia evolutiva,
Viskovitz
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
ORIENTAÇÕES PARA O RELATÓRIO - PARQUE DAS ÁGUAS
Para as turmas do Inconfidenes Noturno e Industrial Noturno: Orientações para a produção do relatório da visita ao Parque das Águas:
O relatório deverá conter:
- Capa
- Introdução - com histórico do Parque, dados gerais sobre a biologia e geografia do Parque, resumo do que será dito no relatório
- Desenvolvimento - relato sobre a visita ao Parque, descrevendo as atividades desenvolvidas, incluindo uma DISCUSSÃO SOBRE O PROTOCOLO AMBIENTAL
-Conclusão
- Referências - livros, revistas e sítios eletrônicos consultados para a produção do relatório. Lembrete: google não é referência, é site de busca!
- Imagens que dialoguem com o texto, que contextualizem o que o texto está descrevendo.
Observações: os relatórios poderão ser feitos individualmente, duplas, trios ou grupos de 4 integrantes.
Datas de entrega:
INDUSTRIAL - 08/11/2011
INCONFIDENTES NOTURNO - 17/11/201
Mãos à obra e bom trabalho!
O relatório deverá conter:
- Capa
- Introdução - com histórico do Parque, dados gerais sobre a biologia e geografia do Parque, resumo do que será dito no relatório
- Desenvolvimento - relato sobre a visita ao Parque, descrevendo as atividades desenvolvidas, incluindo uma DISCUSSÃO SOBRE O PROTOCOLO AMBIENTAL
-Conclusão
- Referências - livros, revistas e sítios eletrônicos consultados para a produção do relatório. Lembrete: google não é referência, é site de busca!
- Imagens que dialoguem com o texto, que contextualizem o que o texto está descrevendo.
Observações: os relatórios poderão ser feitos individualmente, duplas, trios ou grupos de 4 integrantes.
Datas de entrega:
INDUSTRIAL - 08/11/2011
INCONFIDENTES NOTURNO - 17/11/201
Mãos à obra e bom trabalho!
Assunto:
biologia,
orientações,
parque das águas,
relatório,
saída a campo,
visita
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
VOCÊ É UM ANIMAL, VISKOVITZ
Alessandro Boffa
Eu, Viskovitz, era um micróbio.
“Tamanho não é documento, Viskovitz”, ouvia dizer. “O importante é ser você mesmo.”
Como se fosse fácil. Nem bem conseguira afeiçoar-me ao meu nome e já tinha me tornado dois micróbios, VISKO e VITZ. Imaginem então quando virei quatro: VI, SKO, VI e TZ. Fiquei em frangalhos.
Era mais ou menos como todos nós estávamos então, no pré-cambriano. “Que fazer”, dizia-se, “a vida é assim.” “Metabolismo” parecia-me um termo mais apropriado. A nossa ideia de divertimento era sedimentar em companhia de coacervados e proteinóides, metano e amoníaco eram considerados uma “ótima atmosfera”.
Quando começaram a me chamar de V, I, S, KO, V, I, T, Z, percebi que estava na hora de fazer alguma coisa. Mas qual coisa? E quem? Eu estava em minoria até dentro de mim mesmo, as pessoas me tratavam por “vocês”.
Foi então que ouvi aquela Voz: V, I, S, KO”, disse-me, “está na hora de virar bicho”.
“Bicho?” Naquela altura, qualquer sugestão valia: o que para um era degeneração, para outro podia ser evolução.
“Não sei por onde começar”, confessamos.
“Por serem egoístas, cheios de si. É só se agarrar com todas as forças ao nosso minúsculo eu; não deve ser difícil para você...”
Tentamos. O que de mim havia restado nos meus oito micróbios teve um frêmito de orgulho, um incremento de viscosidade e, com heróico esforço, fez que se agregassem num único plasmódio. Foi o primeiro organismo pluricelular, creio eu, e o primeiro eu verdadeiro. Exatamente eu, Viskovitz.
“E agora?” perguntei.
“Hum... Agora tem de aprender a matar e devorar o próximo. Grande como você ficou, não deve ser difícil.”
“Outros seres vivos?”
“Vivos só enquanto você não acabar com eles, Visko. Não há mal nenhum nisso: chama-se vida heterotrófica.”
Não me parecia perigoso, os vizinhos eram bem franzinos. Olhei em torno e logo encontrei o que me servia: Zucotic, o bacilo; Petrovic,o vibrião; e Lopez, o espirilo. Três paleogermes sépticos e virulentos que tinham me adoentado com as suas toxinas durante todo o arqueozóico. Fui lá, catei-os a tapa e devorei-os. Foi o primeiro exemplo de “sobrevivência do mais bem adaptado”, conceito que iria longe.
“E agora?”
“Agora deve aprender a... fazer aquela coisa... Bem, quer dizer... conjugar-se com outro organismo e recombinar-se. Encontre alguém que lhe agrade, para trocar um pouco de DNA.”
“Mas...”
“Não é feio, não, Visko. Siga o seu coração.”
Pensei que se referisse a VITZ, as quatro células que se agitavam no centro da minha sárcina, com um pouco de imaginação eu podia considerá-las um coração. Ejetei V e fiquei observando aonde ia. Foi logo tratando de escapulir, de afastar-se com torções e flexões do plasma. Segui-o remando com os flagelos até que o vi alcançar uma gelatina albuminóide de micoplasmas prateados, cingida por longos cílios filamentosos e fímbrias purpúreas. Foi então que perdia a sua pista.
“Ei, você aí, gel!”, berrei. “Ou muito me engano, ou você pegou o meu coração.”
“Aqui os corações vão e vêm”, respondeu com uma risadinha debochada a ladra de corações. “Como era o seu?”
“Um micoplasma esférico, um tanto elástico e mole, da última vez que o senti palpitar.”
“Bem, pode reavê-lo, se quiser. Mas tem que vir pegá-lo, plasmódio.”
“Plasmódio é o meu tipo morfológico, o meu nome é Viskovitz.”
“E gel é a vovozinha: o meu nome é Liuba.”
Com cautela, aproximei-me dela e aderi à sua massa viscosa, depois extroflecti I, endureci-o e afundei-o no corpo da sujeita para que nele encontrasse o compadre fujão. Naquele vai-não-vai, acabei perdendo também I, que se escafedeu e mergulhou, plasma e periplasma, no U dela.
Foi assim que inventei o sexo. Meio desastrado, mas com todo o coração. Perguntei à gelatina o que ela tinha achado daquilo.
“Isso é sexo?”, desatou a rir, tremendo toda. “Você chama isso de sexo?” Continuando a gargalhar, contraiu o sifão e fez-se ao largo, sem deixar rastro, deixando-me ali, com o coração me frangalhos.
Era aquele vazio que doía, aquela voragem no centro do ser. Não que VISKOTZ fosse um nome feio, entendamo-nos, mas era o nome de um plasmódio ferido, de um bicho diminuído no seu eu. Resolvi construir uma jaula de mureína em torno dos restos daquele coração.
“Não faça isso, Visko”, advertiu a voz.
“Você de novo!”, explodi. “Posso saber de uma vez por todas quem diabos é você?”
“Eu sou... a voz do seu plasma mais antigo. O Micróbio Primordial, a Protocélula de quem todos vocês nasceram, o EU que abrange vocês todos. Pode me chmar de VI.”
“VI?”
“É, VI. VI de VISKO, sua mente, VI de Vitz, seu coração, VI do sêmen que você difundiu, VI de toda a vida, meu filho.”
“Escute aqui...” Alguma lógica aquele discurso tinha, algo do primeiro micróbio podia ter ficado dentro de mm. E nos outros.
“Com que então seu plasma estaria dentro de todo o mundo, inclusive naquela Liuba, só para citar alguém.”
“Exatamente. E garanto uma coisa; você vai revê-la, Visko, vai revê-la. E talvez as coisas corram um pouco melhor para você. Talvez.”
“E vai me dizer que você também estava dentro de Zucotic, Petrovic e Lopez?”
“Estava e ainda estou. Também eles você vai ter de rever, Visko, a minha imaginação é aquilo que é...”
“Você pretende fazê-los evoluir também?”
“Evoluir é uma palavra que não me agrada. O divertido é ‘mudar’, Viskovitz.”
“Um momento. Você me chamou de Viskovitz, mas sabe muito bem que esse nome não faz mais sentido.”
“Sei o que estou dizendo. Olhe no seu coração e verá que tenho razão. Ande, não tenha medo, não é um exercício espiritual...”
Voltei-me para mim mesmo, hidrolisei os polissacarídeos e espiei. Naturalmente só vi T e Z. no entanto, com aquele contato íntimo, V e I de Visko começaram a reavivar-se. A duplicar-se, bilobar-se, septar-se e cindir-se. Poucos minutos depois, a regeneração era completa, e eu me encontrava diante dele, VITZ.
“Fiat eu...”, gritei. Eu era de novo eu, o velho animal, mais em forma que nunca. Bem, disse para mim mesmo, ótimo, ninguém mais me segura, chegou o momento de dar uma boa lição a todo mundo, ecossistema ladra! Desatei a chorar e a rir, como um garotinho. Tinha certeza de que, das minhas lágrimas salgadas, surgiria o mar, sim, senhor, o mar, e a partir dali começaria a vida, a verdadeira vida...
“Muito bem, você agora é um animal, elogiou-se a voz, “mas ainda falta aprender uma coisa...”
“Ouçamos. A meiose? A fermentação? A ontogênese?
“A morte, Visko.”
“Está brincando.”
“Você não é mais um micróbio, Visko. Os animais morrem.”
“Um momento, amigo, um momento... Renunciar a tudo?”
“A tudo.”
“Tamanho não é documento, Viskovitz”, ouvia dizer. “O importante é ser você mesmo.”
Como se fosse fácil. Nem bem conseguira afeiçoar-me ao meu nome e já tinha me tornado dois micróbios, VISKO e VITZ. Imaginem então quando virei quatro: VI, SKO, VI e TZ. Fiquei em frangalhos.
Era mais ou menos como todos nós estávamos então, no pré-cambriano. “Que fazer”, dizia-se, “a vida é assim.” “Metabolismo” parecia-me um termo mais apropriado. A nossa ideia de divertimento era sedimentar em companhia de coacervados e proteinóides, metano e amoníaco eram considerados uma “ótima atmosfera”.
Quando começaram a me chamar de V, I, S, KO, V, I, T, Z, percebi que estava na hora de fazer alguma coisa. Mas qual coisa? E quem? Eu estava em minoria até dentro de mim mesmo, as pessoas me tratavam por “vocês”.
Foi então que ouvi aquela Voz: V, I, S, KO”, disse-me, “está na hora de virar bicho”.
“Bicho?” Naquela altura, qualquer sugestão valia: o que para um era degeneração, para outro podia ser evolução.
“Não sei por onde começar”, confessamos.
“Por serem egoístas, cheios de si. É só se agarrar com todas as forças ao nosso minúsculo eu; não deve ser difícil para você...”
Tentamos. O que de mim havia restado nos meus oito micróbios teve um frêmito de orgulho, um incremento de viscosidade e, com heróico esforço, fez que se agregassem num único plasmódio. Foi o primeiro organismo pluricelular, creio eu, e o primeiro eu verdadeiro. Exatamente eu, Viskovitz.
“E agora?” perguntei.
“Hum... Agora tem de aprender a matar e devorar o próximo. Grande como você ficou, não deve ser difícil.”
“Outros seres vivos?”
“Vivos só enquanto você não acabar com eles, Visko. Não há mal nenhum nisso: chama-se vida heterotrófica.”
Não me parecia perigoso, os vizinhos eram bem franzinos. Olhei em torno e logo encontrei o que me servia: Zucotic, o bacilo; Petrovic,o vibrião; e Lopez, o espirilo. Três paleogermes sépticos e virulentos que tinham me adoentado com as suas toxinas durante todo o arqueozóico. Fui lá, catei-os a tapa e devorei-os. Foi o primeiro exemplo de “sobrevivência do mais bem adaptado”, conceito que iria longe.
“E agora?”
“Agora deve aprender a... fazer aquela coisa... Bem, quer dizer... conjugar-se com outro organismo e recombinar-se. Encontre alguém que lhe agrade, para trocar um pouco de DNA.”
“Mas...”
“Não é feio, não, Visko. Siga o seu coração.”
Pensei que se referisse a VITZ, as quatro células que se agitavam no centro da minha sárcina, com um pouco de imaginação eu podia considerá-las um coração. Ejetei V e fiquei observando aonde ia. Foi logo tratando de escapulir, de afastar-se com torções e flexões do plasma. Segui-o remando com os flagelos até que o vi alcançar uma gelatina albuminóide de micoplasmas prateados, cingida por longos cílios filamentosos e fímbrias purpúreas. Foi então que perdia a sua pista.
“Ei, você aí, gel!”, berrei. “Ou muito me engano, ou você pegou o meu coração.”
“Aqui os corações vão e vêm”, respondeu com uma risadinha debochada a ladra de corações. “Como era o seu?”
“Um micoplasma esférico, um tanto elástico e mole, da última vez que o senti palpitar.”
“Bem, pode reavê-lo, se quiser. Mas tem que vir pegá-lo, plasmódio.”
“Plasmódio é o meu tipo morfológico, o meu nome é Viskovitz.”
“E gel é a vovozinha: o meu nome é Liuba.”
Com cautela, aproximei-me dela e aderi à sua massa viscosa, depois extroflecti I, endureci-o e afundei-o no corpo da sujeita para que nele encontrasse o compadre fujão. Naquele vai-não-vai, acabei perdendo também I, que se escafedeu e mergulhou, plasma e periplasma, no U dela.
Foi assim que inventei o sexo. Meio desastrado, mas com todo o coração. Perguntei à gelatina o que ela tinha achado daquilo.
“Isso é sexo?”, desatou a rir, tremendo toda. “Você chama isso de sexo?” Continuando a gargalhar, contraiu o sifão e fez-se ao largo, sem deixar rastro, deixando-me ali, com o coração me frangalhos.
Era aquele vazio que doía, aquela voragem no centro do ser. Não que VISKOTZ fosse um nome feio, entendamo-nos, mas era o nome de um plasmódio ferido, de um bicho diminuído no seu eu. Resolvi construir uma jaula de mureína em torno dos restos daquele coração.
“Não faça isso, Visko”, advertiu a voz.
“Você de novo!”, explodi. “Posso saber de uma vez por todas quem diabos é você?”
“Eu sou... a voz do seu plasma mais antigo. O Micróbio Primordial, a Protocélula de quem todos vocês nasceram, o EU que abrange vocês todos. Pode me chmar de VI.”
“VI?”
“É, VI. VI de VISKO, sua mente, VI de Vitz, seu coração, VI do sêmen que você difundiu, VI de toda a vida, meu filho.”
“Escute aqui...” Alguma lógica aquele discurso tinha, algo do primeiro micróbio podia ter ficado dentro de mm. E nos outros.
“Com que então seu plasma estaria dentro de todo o mundo, inclusive naquela Liuba, só para citar alguém.”
“Exatamente. E garanto uma coisa; você vai revê-la, Visko, vai revê-la. E talvez as coisas corram um pouco melhor para você. Talvez.”
“E vai me dizer que você também estava dentro de Zucotic, Petrovic e Lopez?”
“Estava e ainda estou. Também eles você vai ter de rever, Visko, a minha imaginação é aquilo que é...”
“Você pretende fazê-los evoluir também?”
“Evoluir é uma palavra que não me agrada. O divertido é ‘mudar’, Viskovitz.”
“Um momento. Você me chamou de Viskovitz, mas sabe muito bem que esse nome não faz mais sentido.”
“Sei o que estou dizendo. Olhe no seu coração e verá que tenho razão. Ande, não tenha medo, não é um exercício espiritual...”
Voltei-me para mim mesmo, hidrolisei os polissacarídeos e espiei. Naturalmente só vi T e Z. no entanto, com aquele contato íntimo, V e I de Visko começaram a reavivar-se. A duplicar-se, bilobar-se, septar-se e cindir-se. Poucos minutos depois, a regeneração era completa, e eu me encontrava diante dele, VITZ.
“Fiat eu...”, gritei. Eu era de novo eu, o velho animal, mais em forma que nunca. Bem, disse para mim mesmo, ótimo, ninguém mais me segura, chegou o momento de dar uma boa lição a todo mundo, ecossistema ladra! Desatei a chorar e a rir, como um garotinho. Tinha certeza de que, das minhas lágrimas salgadas, surgiria o mar, sim, senhor, o mar, e a partir dali começaria a vida, a verdadeira vida...
“Muito bem, você agora é um animal, elogiou-se a voz, “mas ainda falta aprender uma coisa...”
“Ouçamos. A meiose? A fermentação? A ontogênese?
“A morte, Visko.”
“Está brincando.”
“Você não é mais um micróbio, Visko. Os animais morrem.”
“Um momento, amigo, um momento... Renunciar a tudo?”
“A tudo.”
Assunto:
Alessandro Boffa,
crônica,
evolução,
texto,
Viskovitz
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
ENEM
Aos meus alunos e alunas da FUNEC
Chegando o dia,
tão odiado,
tão preparado,
tão desejado.
Noites sem dormir
Baladas com os amigos, no porvir
Ansiedade, estresse
Relaxar, nem se quisesse!
Correira total,
estudos, sem igual,
Depois, o alívio, no final,
quando ver seu nome,
na listagem geral
O ENEM marca a passagem
Início de nova viagem
Explorar futuras paisagens
Vida nova, na bagagem.
Uns, farão camaradagens,
outros, vestirão nova roupagem
Alguns, inventarão uma imagem
Vários, moverão engrenagens
Uma coisa é certa:
vem aí um tempo de muitas aprendizagens
que deve ser enfrentando com coragem.
Esta é a minha mensagem.
Boa sorte e bom ENEM pra todo mundo! Bjs!!
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
O ÓLEO DE LORENZO - ESTUDO DIRIGIDO

I.E.C.: INCONFIDENTES
|
Disciplina: BIOLOGIA
|
Professora: Daniela
Versieux
|
ANO LETIVO:
2011
|
TURNO: MATUTINO
|
TURMAS: 3ºA,
3ºB, 3ºC e 3ºI
|
FILME
“O ÓLEO DE LORENZO”
Orientações:
1.
Assistir ao filme “O Óleo de Lorenzo”, uma produção americana de 1992. O filme
pode ser encontrado em boas locadoras e também pode ser visto pela internet.
Link
para o youtube: http://www.youtube.com/watch?v=vGTxa0qdTas&feature=player_embedded
Ou
então, acesse o grupo BIOLOGIA que formei no facebook: danielaversieux@yahoo.com.br
2.
O estudo dirigido deverá ser feito em grupos de até 4 (quatro) alunos(as) e entregue
dia 20/10/2011
ESTUDO
DIRIGIDO
Questões
1. Caracterização da doença
A.
Descreva brevemente a doença
apresentada por Lorenzo (ALD – Adrenoleucodistrofia).
B.
Faça um desenho de um neurônio normal e de um neurônio de Lorenzo, após o
aparecimento da doença.
C.
A ALD (doença de Lorenzo) é uma doença de herança recessiva ligada ao
cromossomo X. Faça o heredograma da família de Lorenzo e dê os genótipos
dos seguintes membros: tia 1 e tia 2 (irmãs de Michaela), tia Dee, Michaela
(mãe de Lorenzo), Augusto (pai de Lorenzo) e Lorenzo.
D.
Comente sobre o aparecimento do gene na família de Lorenzo. Como e quando ele
teria aparecido? Qual o risco para os possíveis filhos da tia Dee?
E.
Cite outra doença cuja herança é recessiva e ligada ao cromossomo X.
2. Estudo da doença por
Michaela e Augusto Odone
A.
Qual foi o exemplo (modelo) usado por Augusto Odone para explicar a doença?
Descreva-o, se possível utilizando desenhos.
B.
Você conhece outros modelos que
explicam um problema ou questão científica, como fez Augusto Odone? Qual?
C.
Como a dieta afeta a progressão da doença?
D.
O que era o “Óleo de Lorenzo”? Por que ele era tão especial?
3. A genética, o indivíduo
e a sociedade
A.
O diagnóstico de doenças raras, recessivas, que aparecem “de repente” em uma
determinada família, traz problemas familiares, emocionais e sociais. Cite dois
desses problemas mostrados no filme.
B.
Quais os aspectos positivos e negativos demonstrados na relação entre a família
de Lorenzo e a comunidade médica?
C.
Os pais de Lorenzo perceberam que os cientistas muitas vezes trabalham
sozinhos, não socializando os resultados. Por isso, promoveram o primeiro
Simpósio sobre a ALD. Como os interesses econômicos influenciaram o
desenvolvimento das pesquisas sobre a doença de Lorenzo (ALD)?
OBSERVAÇÃO
Ao final das respostas,
inclua o item “Referências”, citando
todo o material utilizado para responder ao estudo dirigido (livros, revistas,
sítios eletrônicos etc).
sábado, 17 de setembro de 2011
TEXTO TRANSFUSÕES SANGUÍNEAS - HISTÓRICO
FUNEC – FUNDAÇÃO DE
ENSINO DE CONTAGEM – UNIDADE INCONFIDENTES
Disciplina:
Biologia
|
Professora:
Daniela Versieux
|
Turno:
Matutino
|
Turmas:
3ºA, 3ºB, 3ºC, 3º Integrado
|
Transfusões
e grupos sanguíneos: pequeno histórico
(Texto adaptado de CÉSAR e SEZAR. BIOLOGIA.
São Paulo, 2005, págs. 59 e 60).
O conhecimento sobre os grupos
sanguíneos é de grande importância em situações que requerem transfusão de
sangue – cirurgias, acidentes em que tenha havido forte hemorragia, por exemplo.
Os grupos sanguíneos foram
descobertos há pouco mais de cem anos e são determinados geneticamente, como um
caráter mendeliano.
Em medicina, a ideia de que as
transfusões são úteis e podem salvar vidas é bastante antiga. No entanto, foi
somente no começo do século XX que se compreendeu que, numa transfusão, era
necessário haver compatibilidade entre
o sangue do doador e o do receptor, para evitar acidentes graves. Vejamos como
as ideias a esse respeito se desenvolveram com o passar do tempo.
Em 1665 foram feitas transfusões de
sangue entre cães, que conseguiram sobreviver. Na mesma época, na Inglaterra e
na França, tentou-se transfundir sangue de animais para seres humanos,
usando-se ovelhas como doadoras. No entanto, por causa da alta taxa de
insucesso, em 1678 essas transfusões foram proibidas pela Sociedade de Medicina
de Paris.
Veja um fato curioso. De 1873 a
1880, nos Estados Unidos, alguns médicos transfundiram leite de vaca ou de cabra para pacientes humanos! Depois de várias
reações indesejáveis, o leite foi substituído por uma solução de água e sais
minerais. Até hoje, quando há perda de grande volume de líquidos do organismo,
faz-se a reposição injetando-se na circulação do paciente soro fisiológico, uma
solução salina.
A primeira transfusão de sangue
entre seres humanos ocorreu em 1818. James Blundell, um obstetra[1]
inglês, estava enfrentando uma séria hemorragia numa de suas pacientes, logo
após o parto. Com uma seringa, o médico ia retirando pequenas quantidades de
sangue do braço do marido da paciente e injetando na circulação da mulher. Até
1830, Blundell realizou dez transfusões, cinco das quais bem sucedidas.
Em 1900, o médico austríaco Karl
Landsteiner descobriu os diferentes grupos sanguíneos do sistema ABO na espécie
humana.Misturando, em lâminas de vidro gotas de sangue de pessoas distintas,
observava às vezes aglutinação das
hemácias: elas aderiam umas às outras. Em outras situações, a aglutinação não
ocorria. Nesses casos, a aglutinação é característica de reação
antígeno-anticorpo.
Compreendeu-se assim que, nas
transfusões mal sucedidas, as hemácias do doador se aglutinavam na circulação
do receptor, obstruindo os finíssimos capilares, o que podia levar à morte.
Entre 1914 e 1916 foram descobertas
substâncias anticoagulantes[2],
como o citrato de sódio, que permitiam o uso de recipientes na transfusão e a
preservação do sangue por um tempo maior. Os anticoagulantes mudaram
radicalmente o procedimento de transfusão: antes o sangue era transferido
diretamente da veia do doador para a do receptor. Agora, o doador e o receptor
não precisavam mais estar no mesmo local e na mesma hora; o sangue podia ser
armazenado e posteriormente transfundido. Essa técnica foi utilizada na
Primeira Guerra Mundial, durante a qual surgiram os “depósitos” de sangue,
origem dos modernos bancos de sangue.
Em 1940, Landsteiner e seus colaboradores
descobriram outra categoria de grupo sanguíneo: o fator Rh, que mais tarde
permitiu elucidar certos casos de anemia em recém-nascidos.
Foi também em 1940 que se desenvolveram
processos de fracionamento[3]
do sangue. Pode-se então separar as células – hemácias, leucócitos e plaquetas
– da parte líquida, o plasma, além do fracionamento do próprio plasma em
albumina, fibrinogênio e gamaglobulina. A separação desses elementos permitiu o
uso terapêutico de cada um deles isoladamente. O concentrado de hemácias, por
exemplo, é usado em casos de hemorragias (acidentes ou cirurgias) e em certos
quadros de anemia. O concentrado de plaquetas é usado nos casos de pacientes
com deficiência no número de plaquetas no sangue. O plasma pode ser congelado e
conservado por muito tempo. Nos casos de grande perda de líquidos, como nas
queimaduras, por exemplo, é necessário repor a albumina no organismo.
Atualmente, várias substâncias sintéticas
estão sendo pesquisadas como possíveis substitutos para o plasma e até para o
sangue.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Ba(c)terias

Olhem só que legal! Um diálogo entre a física, a biologia, a arte... uma imagem muito bem produzida!!
Acessem o link original desta imagem. Não ao plágio! Sim às referências!!
Assunto:
bacterias,
baterias,
fouad talal,
imagem
TRANSFUSOES SANGUÍNEAS - RESUMO
Pessoal, postei no facebook o documento, ok? Criei lá um grupo
chamado BIOLOGIA. Quem não está adicionado, me peça que adicionarei.
Não consigo postar o documento aqui, mas amanhã tentarei novamente. Quem não tiver facebook, me envie um email que retorno com o texto: danielaversieux@yahoo.com.br
Abs!
Dani
Não consigo postar o documento aqui, mas amanhã tentarei novamente. Quem não tiver facebook, me envie um email que retorno com o texto: danielaversieux@yahoo.com.br
Abs!
Dani
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Assinar:
Postagens (Atom)