sábado, 17 de setembro de 2011

TEXTO TRANSFUSÕES SANGUÍNEAS - HISTÓRICO


FUNEC – FUNDAÇÃO DE ENSINO DE CONTAGEM – UNIDADE INCONFIDENTES

Disciplina: Biologia
Professora: Daniela Versieux
Turno: Matutino
Turmas: 3ºA, 3ºB, 3ºC, 3º Integrado

Transfusões e grupos sanguíneos: pequeno histórico
(Texto adaptado de CÉSAR e SEZAR. BIOLOGIA. São Paulo, 2005, págs. 59 e 60).

            O conhecimento sobre os grupos sanguíneos é de grande importância em situações que requerem transfusão de sangue – cirurgias, acidentes em que tenha havido forte hemorragia, por exemplo.
            Os grupos sanguíneos foram descobertos há pouco mais de cem anos e são determinados geneticamente, como um caráter mendeliano.
            Em medicina, a ideia de que as transfusões são úteis e podem salvar vidas é bastante antiga. No entanto, foi somente no começo do século XX que se compreendeu que, numa transfusão, era necessário haver compatibilidade entre o sangue do doador e o do receptor, para evitar acidentes graves. Vejamos como as ideias a esse respeito se desenvolveram com o passar do tempo.
            Em 1665 foram feitas transfusões de sangue entre cães, que conseguiram sobreviver. Na mesma época, na Inglaterra e na França, tentou-se transfundir sangue de animais para seres humanos, usando-se ovelhas como doadoras. No entanto, por causa da alta taxa de insucesso, em 1678 essas transfusões foram proibidas pela Sociedade de Medicina de Paris.
            Veja um fato curioso. De 1873 a 1880, nos Estados Unidos, alguns médicos transfundiram leite de vaca ou de cabra para pacientes humanos! Depois de várias reações indesejáveis, o leite foi substituído por uma solução de água e sais minerais. Até hoje, quando há perda de grande volume de líquidos do organismo, faz-se a reposição injetando-se na circulação do paciente soro fisiológico, uma solução salina.
            A primeira transfusão de sangue entre seres humanos ocorreu em 1818. James Blundell, um obstetra[1] inglês, estava enfrentando uma séria hemorragia numa de suas pacientes, logo após o parto. Com uma seringa, o médico ia retirando pequenas quantidades de sangue do braço do marido da paciente e injetando na circulação da mulher. Até 1830, Blundell realizou dez transfusões, cinco das quais bem sucedidas.
            Em 1900, o médico austríaco Karl Landsteiner descobriu os diferentes grupos sanguíneos do sistema ABO na espécie humana.Misturando, em lâminas de vidro gotas de sangue de pessoas distintas, observava às vezes aglutinação das hemácias: elas aderiam umas às outras. Em outras situações, a aglutinação não ocorria. Nesses casos, a aglutinação é característica de reação antígeno-anticorpo.
            Compreendeu-se assim que, nas transfusões mal sucedidas, as hemácias do doador se aglutinavam na circulação do receptor, obstruindo os finíssimos capilares, o que podia levar à morte.
Entre 1914 e 1916 foram descobertas substâncias anticoagulantes[2], como o citrato de sódio, que permitiam o uso de recipientes na transfusão e a preservação do sangue por um tempo maior. Os anticoagulantes mudaram radicalmente o procedimento de transfusão: antes o sangue era transferido diretamente da veia do doador para a do receptor. Agora, o doador e o receptor não precisavam mais estar no mesmo local e na mesma hora; o sangue podia ser armazenado e posteriormente transfundido. Essa técnica foi utilizada na Primeira Guerra Mundial, durante a qual surgiram os “depósitos” de sangue, origem dos modernos bancos de sangue.
Em 1940, Landsteiner e seus colaboradores descobriram outra categoria de grupo sanguíneo: o fator Rh, que mais tarde permitiu elucidar certos casos de anemia em recém-nascidos.
Foi também em 1940 que se desenvolveram processos de fracionamento[3] do sangue. Pode-se então separar as células – hemácias, leucócitos e plaquetas – da parte líquida, o plasma, além do fracionamento do próprio plasma em albumina, fibrinogênio e gamaglobulina. A separação desses elementos permitiu o uso terapêutico de cada um deles isoladamente. O concentrado de hemácias, por exemplo, é usado em casos de hemorragias (acidentes ou cirurgias) e em certos quadros de anemia. O concentrado de plaquetas é usado nos casos de pacientes com deficiência no número de plaquetas no sangue. O plasma pode ser congelado e conservado por muito tempo. Nos casos de grande perda de líquidos, como nas queimaduras, por exemplo, é necessário repor a albumina no organismo.
Atualmente, várias substâncias sintéticas estão sendo pesquisadas como possíveis substitutos para o plasma e até para o sangue.


[1] Obstetra: médico especializado em gravidez e parto.
[2] Anticoagulantes: que impedem a coagulação do sangue – Processo fisiológico que leva à formação de rede de filamentos de fibrina no sangue.
[3] Fracionamento: é o ato de separar em diversas partes.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Ba(c)terias


Olhem só que legal! Um diálogo entre a física, a biologia, a arte... uma imagem muito bem produzida!!

Acessem o link original desta imagem. Não ao plágio! Sim às referências!!

TRANSFUSOES SANGUÍNEAS - RESUMO

Pessoal, postei no facebook o documento, ok? Criei lá um grupo chamado BIOLOGIA. Quem não está adicionado, me peça que adicionarei.
Não consigo postar o documento aqui, mas amanhã tentarei novamente. Quem não tiver facebook, me envie um email que retorno com o texto: danielaversieux@yahoo.com.br


Abs!

Dani